Quem somos

Sphincterland, Brazil
Ultra Hedonistics não fogem mesmos dos tipos mais impossíveis de abraço. Cada pessoa possui sua própria beleza secreta. Ultra Hedonistics tornou sua inspiração revelar suas graças; investigação imagética para os reinos estranhos dos desejos e imaginação erótica/social/obsessiva. Orgia cultural com carne. Pele. Chip. Vivemos ao agora, sphincter filosofia, o abjeto torna-se sublime. Reavaliamos a morte não como horror estéril, mas como ressurreição estética. Ocupamos a idéia do prazer e da beleza como os inevitáveis condenados a murchar, a vir/desaparecer, assim nos alinhamnos a arte, que canta sua saga em todas as coisas passageiras e efêmeras. Ultra Hedonistics não é moda-orientado, aqui deslizamos por todos orifícios.

domingo, 14 de agosto de 2011



𝓤m garoto e os pais visitando seus amigos, passando um bom momento familiar em um lugar que poderia ser o interior da Suíça, com seus preciosos chalés burgueses, porém isolados do mundo real, tão sórdidos em sua misantrópica requintada solitude, como num castelo na Transilvânia ou num voluptuoso oásis no meio do deserto onde habita um monstro em sua profundidade. Apesar das conversas e dos risos, apenas o silêncio impera. 
A família se despede e entram em um veículo, um vermelho coupé. No meio do caminho para a casa os freios falham em uma curva acentuada, o coupé salta para fora da estrada atravessando até mesmo o guard-rail, colidindo fatalmente contra uma enorme árvore campestre. Ninguém sobreviveu ...
Tinha 14 anos mais ou menos quando assisti este filme, de alguma maneira tenho a impressão de que assisti esta película sentado na cabeceira da cama, com um amiguinho.


Não recordo o nome do filme, nem os atores, nem toda a história, somente essa esquisita e sufocante contradição de significados que despertou minha sensualidade de outra forma, bastante abstrata e obscura, apesar da beleza onírica das cores e da impecável sonoplastia. 
Eu continuo a considerar este momento o meu primeiro sussurro de obscuridade, sensibilidade artística e meu fascinante extraviado caminho de sexualidade. 
Então, apenas neste pequeno rapto do meu espírito eu encontrei epifania artística, prazer, catarse, sofrimento e glória.
No entanto, me contextualizando no presente, penso que isto em si é minha sensual mórbida essência e o próprio fator determinante para a reticência da minha visão sobre arte contemporânea ou para as poucas coisas realmente interessantes que tenho visto até agora. Na minha opinião, a captação, a filosofia, a tecnologia, a ciência, o consumismo e a simplicidade parecem estar acima da torrente emocional e da busca pela beleza de outrora. Penso que a evolução da tecnologia é superestimado, pois não proporciona necessariamente gratificação. A imitação da realidade não é uma coisa nova, mas lamentavelmente o olhar contemporâneo tem nuances muito sépticas e demasiadamente reais, a ponto de precisar de uma nota explicativa para a compreensão de sua simplicidade.



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